Pós-Graduação em Olivoturismo
Uma parceria do Instituto Politécnico de Portalegre (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais e Escola Superior de Biociências de Elvas) com a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre (Turismo de Portugal).
Apoios: Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo; CEPAAL; Casa do Azeite; Olivum; COI (Conselho Oleícola Internacional - a confirmar); APOAC (Associação para a Promoção do Olival e Azeite de Aire e Candeeiros); CCDRAlentejo.
Enquadramento
Portugal tem uma longa tradição e reputação na produção de azeite de alta qualidade. A diversidade climática e dos solos do país contribuem para o carácter único e para os elevados padrões de qualidade do seu azeite. O azeite português é reconhecido pela sua variedade de sabores (Freire, 2017) e faz parte integrante da gastronomia e cultura locais. Em países como França e Espanha, o azeite classificado com Denominação de Origem Protegida (DOP), aquele que se distingue pela sua identidade única ligada a um território, está concentrado em áreas relativamente restritas, especialmente no sul. Pelo contrário, Portugal é o país europeu, a par de Itália, onde os azeites DOP estão mais disseminados pelo seu território (Mattas et al, 2020), o que constitui uma vantagem competitiva na promoção do olivoturismo, produto turístico associado à fileira oleícola. Em Espanha, cada vez mais produtores de azeite estão a diversificar os seus negócios explorando o olivoturismo (Parrilla-González et al, 2020), como forma de promover e escoar os seus azeites e obter fontes de receitas complementares.
Apesar deste elevado potencial, não só o olivoturismo em Portugal ainda se encontra numa fase inicial de desenvolvimento, com a maioria das experiências oferecidas aos turistas a englobarem apenas visitas a lagares de azeite e museus com temática olivícola, com ou sem prova de azeites no final, como também se verificam fortes desequilíbrios regionais neste domínio, concentrando-se a maior parte da oferta do país regiões do Alentejo e de Trás-os-Montes (Bezerra & Correia, 2019). O Alentejo foi pioneiro ao incluir o olivoturismo como um produto estratégico para a região no seu plano regional de turismo de 2014, sendo que nem mesmo o atual plano estratégico nacional de turismo, lançado em 2017, menciona este tipo de turismo (Salvado & Monteiro, 2024). No entanto, as novas estratégias para o turismo regional e nacional, atualmente em preparação, darão mais importância a este produto turístico, pelo que urge formar profissionais altamente qualificados que consigam proporcionar experiências singulares de elevado nível.
Considerando que o azeite é um produto endógeno de grande importância económica para Portugal, que contribui para o desenvolvimento das regiões de baixa densidade onde é produzido, esta pós-graduação, inovadora em Portugal, pretende potenciar a ligação entre o azeite e o turismo, preparando os alunos para criar experiências turísticas únicas e distintivas, assim diferenciando negócios já existentes ou criando novos projetos de olivoturismo. Os profissionais com esta formação estarão habilitados a criar experiências inovadoras que interliguem todos os elementos da cadeia do olivoturismo específica de cada região olivícola, desde as paisagens olivícolas à gastronomia do azeite, passando pelos lagares, pelos núcleos museológicos especializados no olival e no azeite e pelas unidades de turismo rural ligadas à fileira oleícola, envolvendo as comunidades locais para conferir um cunho de autenticidade. Sendo o azeite um dos elementos diferenciadores da dieta mediterrânica, património mundial imaterial da humanidade, esta pós-graduação também proporcionará formação sobre os benefícios do azeite na saúde, a forma como deve ser consumido e as especificidades de uma prova de azeites, competências importantes para qualquer pós-graduado em olivoturismo.
Objetivos
- Dotar os formandos de conhecimentos sobre azeite, turismo e olivoturismo, que lhes permitam desenvolver projetos inovadores de olivoturismo.
- Complementar os conhecimentos teóricos e práticos de profissionais que já desenvolvam as suas atividades na área do azeite ou do olivoturismo.
- Proporcionar uma formação multidisciplinar que contribua para a aquisição ou aprofundamento de conhecimentos nas áreas da produção do azeite, do turismo, da sustentabilidade, do marketing, do empreendedorismo, do comportamento do consumidor, da história, geografia e cultura das regiões produtoras de azeite.
- Promover o conhecimento do olivoturismo em Portugal e no Mundo e o seu contributo para o desenvolvimento dos destinos.
- Potenciar a ligação entre o azeite e a gastronomia na criação de rotas, eventos e projetos diferenciadores e assentes nas características únicas das regiões onde se inserem.
- Articular a formação de cariz mais teórico com formação prática (provas sensoriais, seminários) e visitas de estudo que permitam conhecer in loco projetos inovadores de olivoturismo.
- Dotar os formandos de competências para organizar eventos olivícolas e dinamizar a fruição turística de espaços de produção de azeite.
Competências
- Aplicar metodologias de planeamento e desenvolvimento de uma oferta competitiva e sustentável de olivoturismo ao nível de um destino turístico, nomeadamente através da análise dos seus recursos olivoturísticos e dos mercados da procura.
- Criar experiências inovadoras que interliguem todos os elementos da cadeia do olivoturismo específica de cada região olivícola.
- Reconhecer os benefícios do azeite na saúde e a forma como deve ser consumido aplicando esses conhecimentos às especificidades de uma prova de azeites.
- Conceber itinerários explorando as vertentes da gastronomia e do olivoturismo, numa perspetiva sustentável dos destinos.
- Organizar eventos de olivoturismo.
Destinatários
- Empresários do setor do azeite;
- Gestores e colaboradores de empresas de olivoturismo;
- Profissionais relacionados com a hotelaria e o turismo;
- Todos os interessados na área do azeite e do turismo.
Saídas profissionais
- Empreendimentos turísticos (unidades hoteleiras e turismo rural) com oferta de olivoturismo (gestão de produto ou acolhimento de olivoturistas);
- Empresas de animação turística e organização de eventos;
- Explorações de olivicultura que detenham ou visem deter uma oferta de olivoturismo;
- Empresas de consultoria especializadas no desenvolvimento de projetos turísticos;
- Associações de desenvolvimento local e regional, assim como em diversos órgãos, serviços e agentes da administração pública com responsabilidades no desenvolvimento do turismo (gestão de projetos de olivoturismo);
- Agentes de viagens e operadores turísticos que comercializam experiências de turismo rural e/ou gastronómico.
Edital de abertura de Candidaturas 2025-26
Condições de Acesso
Licenciados em qualquer área científica; candidatos com um percurso profissional relevante.
Número de Vagas - 20
Nº ECTS - 60
Duração - 2 semestres
Início - 6 outubro 2025
Funcionamento
B-learning - 2 dias semana, das 18:30h às 22h + 1 sábado por mês para visitas estudo e aulas práticas presenciais.
Possibilidade de frequência isolada de UCs (microcredenciais).
Local
As aulas teórico/práticas decorrerão online, através da plataforma zoom, bem como os Seminários realizados no âmbito das Práticas de Olivoturismo.
As aulas dedicadas à gastronomia de azeite serão presenciais e terão lugar na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, aos sábados.
As visitas de estudo serão presenciais e realizar-se-ão aos sábados.
Candidatura
Os candidatos poderão candidatar-se à Pós-Graduação no seu todo ou em microcredenciais que a constituem, que integram o plano curricular, de acordo com o procedimento definido nas Normas de funcionamento e certificação de microcredenciais do IPP.
Os estudantes matriculados/inscritos nas microcredenciais encontram-se simultaneamente inscritos na Pós-Graduação.
Toda a informação relativa às diversas microcredenciais e à respetiva calendarização será disponibilizada no sítio web do IPP.
Documentação necessária para a Candidatura
- Formulário de candidatura
- Curriculum vitae (CV) completo e assinado
- Certificado de habilitações
- Cartão de Cidadão/ BI e NIF/ Passaporte ou outro ou documento de identificação *
- Comprovativos dos dados constantes no CV
*Ao abrigo do disposto no n.º 2 do art.º 5.º da Lei n. º 7/2007, de 05/02, cópia rubricada e assinada em que autoriza os serviços académicos a arquivar o cartão de cidadão no processoindividual. Em caso de não autorização deve dirigir-se aos serviços a fim de exibir o cartão de cidadão e para verificação da informação para aceitação do processo de candidatura.
Propinas e emolumentos
Candidatura - 30 €
Propina da Pós-Graduação - 1 500,00 € (pagas em 10 prestações)
Propina de cada Microcredencial - 100,00 € por ECTS.
Bolsa no valor da propina das microcredenciais garantida a todos os formandos.
Candidaturas 1ª fase:
Período de candidatura: de 21 de abril a 12 de maio
Afixação dos resultados provisórios: 20 de maio
Período de reclamações: 21 a 22 de maio*
Afixação dos resultados definitivos: 26 de maio
Matrículas - 27 e 30 de maio (1)
Candidaturas 2ª fase:
Período de candidatura: de 02 de junho a 09 de julho
Afixação dos resultados provisórios: 16 de julho
Período de reclamações: 17 a 18 de julho*
Afixação dos resultados definitivos: 21 de julho
Matrículas - 22 e 25 de julho (1)
Candidaturas 3ª fase:
Período de candidaturas – de 28 julho a 12 de setembro
Afixação dos resultados provisórios – 19 de setembro
Período de reclamações – 22 a 23 de setembro *
Afixação dos resultados definitivos – 24 de setembro
Matrículas - 24 e 25 de setembro (1)
NOTAS:
A abertura da 2ª fase de candidatura depende da existência de vagas sobrantes, após as colocações efetuadas na 1ªfase.
(1) As matrículas serão condicionadas à verificação do número mínimo de estudantes colocados para funcionamento dos cursos, pelo que as datas poderão ser alteradas.
* As reclamações podem ainda ser apresentadas e decididas até ao fim dos prazos previstos no Código do Procedimento Administrativo.
Informações
Elsa Esteves (elsa.esteves@ipportalegre.pt) | T: +351 245 301 503
Dr.ª Dora Gonçalves (gci.esbe@ipportalegre.pt) | +351 245 301 502 | +351 268 682 528 | +351 927 290 689
Serviços Académicos (servicos.academicos@ipportalegre.pt) | +351 245 301 500 (opção 1)
